sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Conclusão

Marechal Manoel Luis Osório, heróico, valente e patriota por natureza. Um homem que com certeza jamais será esquecido, pois seus feitos por este chão, estarão para sempre marcados. Aquele garoto do campo, tão humilde e inteligente, que se apaixonou por Francisca Fagundes e com ela teve quatro filhos: Manuela Luisa Osório, Adolfo Luis Osório, Francisco Luis Osório e Fernando Luis Osório, possuía sonhos como qualquer outro jovem. Tinha vaidades e ambições como qualquer outro, mas a vida lhe preparou coisas ainda melhores, algo que ele nunca havia sonhado, ser o patrono da cavalaria. Mas isso aconteceu por merecimento, aliás, por puro merecimento. Arriscou-se e lutou bravamente em tantas guerras, sacrificou até mesmo os prazeres de sua vida para chegar a tão honroso mérito e sempre se mostrou um verdadeiro líder pronto a defender com unhas e dentes a terra onde nasceu, a terra que tanto ama e a terra que, por ela, morreria. E fez tudo isso por amor ao Brasil , não por seus títulos. Talvez alguém chegue a indagar “será que a ausência dele faria alguma diferença em tudo isto?” e então será nítido que este mesmo não conhece o mínimo sobre o Marechal. Infelizmente é isso que vem acontecendo, poucas pessoas sabem da história da sua vida, da importância dele, não só para os cavalarianos, mas para com todo o exército e principalmente o povo desta nação. Sua história tem de ser divulgada e admirada, é preciso que as pessoas conheçam esse pequeno elo com o passado, a história do Marquês do Herval. Pinturas suas e de guerras, lanças, armas e outros pertences de Osório estão bem preservados em museus e outros locais, como marco histórico. Nesse ano de 2008, é comemorado seu bicentenário, uma ótima oportunidade para relembrar e viver toda sua jornada e partilhar suas perspectivas de vida e momentos de glória. O conhecimento da vida de alguém tão importante e destemido como Marechal Osório tem de ser repassado e cultivado e devemos extrair como filosofia de vida o máximo de virtudes e exemplos a serem seguidos que pudermos, pois, se tem alguém que possuiu muitas virtudes e exemplos a serem seguidos foi Marechal Manoel Luis Osório, patrono da cavalaria brasileira.
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escrito por Caroline Taborda

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Herói?

“Homem notável pelos feitos, pela valentia”.
Figura que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica.O herói será tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas como liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça, moral e paz”.

Esta é a definição de herói pelo dicionário luft e pelo site wikipédia.
Ouvimos muito poderoso, épico, lendário, heróico Osório em vários lugares (neste blog principalmente) mas será que ele merece este título?
Osório, um garoto do campo, filho de peão, soldado aos quinze. Durante sua primeira guerra salvou seu comandante numa batalha e recebeu a lança deste como símbolo de gratidão. Osório deveria estar lutando contra seus próprios oponentes do meio do fulgor da batalha mas preocupou-se com seu comandante e ajudou-o, salvando-o .
Pode ser um golpe do destino, uma coincidência ou apenas um oportunismo para ascender no exército mas não há registro sobre isso.Estudando mas afundo sua biografia vemos inúmeros atos valentes em batalha.
Na guerra do Paraguai Osório foi ferido. Se foi ferido enquanto liderava sua cavalaria, podemos tirar uma conclusão: Ele liderou sua cavalaria e cavalgou pelos campos pintados de rubro sangue. Óbvio não?
Porém vemos q ele efetivamente liderou seus homens, o que não era tão comum na época. O comum era que os soldados e sargentos fossem ao front e os oficiais ficavam na retaguarda, garantindo sua segurança. Mas Osório não! Osório cavalgou com seus homens, lutou e foi ferido! Isso é coragem e camaradagem. Nunca ouvi nenhum comentário como “Caxias era um covarde, na guerra do Paraguai alegou estar passando mal antes das batalhas para não participar destas!”* a respeito de Osório. Osório certa vez disse:

”Seria um desgraçado aquele que, depois de haver combatido com as armas da guerra o inimigo externo, pusesse depois essas mesmas armas ao serviço do despotismo, de perseguições e violência contra seus compatriotas”.

Vendo sobre esta e outras lentes, creio que sim, o marechal Osório merece o título de Herói e se enquadra nas definições que dão abertura a esta postagem. Então continuemos a dizer com respeito o nome heróico deste marechal!

escrito por Mosiah

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lu%C3%ADs_Os%C3%B3rio

http://bicentenariosorio.com/osorio/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=27

*O comentário sobre Caxias foi dito por meu pai a alguns anos atrás, e não tenho a intenção de difama-lo apenas achei oportuno citá-lo para completar a postagem. O comentário foi fruto de sua leitura do livro "Os Vargas", onde diz que um dos poucos generais honrados e realmente dignos de receber o título de herói é o Marechal Osório. De certa forma, ironicamente, uma vergonha aos brasileiros e um orgulho aos gaúchos.

domingo, 24 de agosto de 2008

Guerras

O Marechal Manoel Luis Osório foi um grande herói e corajoso defensor da nação brasileira. Abaixo, estão as guerras que ele participou, os motivos destas, como terminaram e como Osório contribuiu nelas.


- Guerra da Cisplatina (1825/1828): Motivos: Brasil e Uruguai lutando pela posse da região onde hoje é o atual Uruguai, que incluía a bacia do rio da prata, chamada Cisplatina. A região era cobiçada pelo fato das suas vantagens estratégicas.
O heróico Manoel Luis Osório Lutou bravamente nessa guerra, aos 17 anos e até mesmo salvou seu comandante, com muita coragem.
A guerra chegou ao seu estágio final pelo fato de ambos países envolvidos ficarem sem recursos e pela pressão exercida pela Inglaterra e França para o fim do conflito. Brasil e Argentina, está ultima estava no lado do Uruguai e também estava com interesses na região, assinaram um acordo de paz e a região foi proclamada independente.
Vale ressaltar uma conseqüência da guerra: insatisfação popular dos brasileiros que levou a abdicação de D. Pedro I, imperador do Brasil.




- Guerra dos Farrapos (1835/1845): Motivos: cobrança de impostos pelos produtos que eles mesmos, os gaúchos, fabricavam (ex: charque) e pela sensação de isolamento em relação ao resto do país além da falta de assistência do império para com a província. Terminou dez anos mais tarde com a aceitação da paz após vários conflitos, onde os últimos deles rebeldes e tropas do governo estavam com o mesmo número de vitórias. Osório estava ao lado de Caxias na hora da paz tão ansiada, momento tão importante.



- Guerra contra Oribe e Rosas (1851/1852): Motivos: tentativa do presidente argentino, Juan Manuel de Rosas, e do então ministro da guerra uruguaio, Manuel Oribe, de constituir um país único. Isso era definitivamente péssimo para a Inglaterra, França e para o Império brasileiro que, por esse motivo, logo decidiram acabar com o plano dos dois.
Ao findar a guerra, Rosas foi derrotado, preso e encaminhado para a Inglaterra por uma embarcação.

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- Guerra do Paraguai (1864/1871): Motivos: O Paraguai, com sua boa condição econômica na América latina, lutava para conseguir uma economia estável e auto-suficiente e, para isso, pretendia controlar a navegação do rio Paraguai, algo que não agradava seus vizinhos e os ingleses. O Brasil entrou em conflito com Aguirre , o governo paraguaio temendo que ele, o Brasil, tirasse seu acesso ao mar, declarou guerra.
Brasil, Argentina e Uruguai se uniram, formando a Tríplice Aliança. Solano Lopéz, presidente paraguaio, não gostou da idéia. Os ataques começaram pelos rios Paraná e Paraguai, gerando grandes conflitos. Depois, cerca de 2500 homens invadiram o Paraguai, mas tiveram de se retirar devido à epidemia de cólera, entre outros problemas. Houve ainda muitas oscilações de vencedores e em 1869, Marquês de Caxias entrou em Assunção. Em março de 1870, Lopéz foi morto pelas tropas. Era o fim da guerra. O saldo da guerra foi a perda de 75% da população paraguaia e parte do território para Brasil e Argentina, o Paraguai ficou arrasado, mas os vencedores também tiveram contra tempo, o Brasil perdeu soldados e contraiu dívidas externas nas investidas contra o Paraguai. A presença do Marechal Osório foi essencial nesta guerrilha, como nas outras. Assumiu o comando e organizou o 1° Corpo do Exército Brasileiro e no mesmo ano foi promovido a Marechal-de-campo. Muitas de suas frases famosas foram ditas nessa guerra e,também, foi nessa mesma guerra que foi gravemente ferido e anos mais tarde, levado à morte.
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escrito por Caroline Taborda

bibliografia:
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/guerra-cisplatina.htm
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/guerra-dos-farrapos.htm
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/guerra-contra-oribe-rosas.htm
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/a-guerra-paraguai.htm

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Armas



Até o início do século XIX, as armas pequenas e mais modernas estavam nas mãos dos europeus, que as possuíam. A arma típica aqui no Brasil era o mosquete de pederneira, carregado pela boca e com cano de alma lisa, que era também manufaturado pelos ferreiros dos povoados africanos. O mosquete era uma arma assustadora para quem a ouvia pela primeira vez. Mas o seu alcance não chegava a atingir os cem metros. Demorava pelo menos um minuto a carregar a arma entre cada disparo. Até mesmo em tempo seco, três disparos em cada dez falhavam e com tempo úmido os mosquetes não funcionavam. Um arqueiro hábil ainda disparava mais rápida e certeiramente e com uma menor distância. A sua inferioridade manifestava-se apenas na capacidade de trespassar as armaduras.
As armas usadas pelas tropas na guerra dos Farrapos, onde Osório também participava, eram imbatíveis. Nos combates a cavalo usavam trabucos, pistolas e espadas. A cavalaria usava principalmente a lança, enquanto, a artilharia empregava canhões e obuses tomados dos inimigos (ou fornecidos por uruguaios). Na batalha de monte Caseros as armas brancas eram utilizadas, como eram sempre nas demais batalhas. Terçados, sabres de generais, a lança modelo 1844 e, na marinha, chuços de abordagem, machadinhas e sabres de abordagem continuam em uso sem maiores mudanças. Os sabres da guarda nacional, continuaram a ser parecidos com os do exército. No inicio da guerra do Paraguai, a preferência foi usar armas de fogo mais ágeis e eficientes. Os armamentos citados foram usados pelos combatentes nas guerras em que o valoroso Marechal participou, porém, principalmente, este mais usufruía da lança e a espada, que por sinal eram as principais armas que dispunha o combatente montado para fazer frente ao inimigo.
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escrito por Caroline Taborda
Biografia:

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Linha de Acontecimentos

(clique na imagem para aumento)
No decorrer do ano 1808, a invasão de Portugal pelas forças de Napoleão motivou a vinda da família real para o Brasil.
Nesse ano que era decisivo para o progresso da nossa Pátria, nascia, em 10 de maio, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio (hoje município de Tramandaí-RS), aquele que seria o Patrono da Arma de Cavalaria, Manoel Luis Osorio. Filho de Ana Joaquina e de Manoel Luis da Silva Borges, um destacado e condecorado militar, a qual servia de exemplo para o pequeno Osorio, que admirava-se e tinha interesse nas campanhas militares do pai.
Gauchinho que era enaltecido por todos, pois desde pequeno demonstrava imensa bravura; montava e domava cavalos como gente grande.
Naqueles tempos difíceis, o Brasil ainda não era um país. Havia poucas escolas. Assim o menino cresceu em meio à natureza, livre como o vento.
Manoel aprendeu a ler e escrever com a família. Era muito curioso e estava sempre a perguntar, a procura de novas sabedorias. Queria continuar os estudos mas infelizmente não pôde.
Em 01 de maio de 1823, foi declarada a independência do Brasil e veio a guerra, com 15 anos ainda incompletos assentou praça na Cavalaria da Legião de São Paulo e acompanhou a tropa de seu pai na luta contra os portugueses. Quando o Brasil tornou-se um país, Manoel Luis tornou-se um soldado.
Em 12 de outubro de 1825, guerra da Cisplatina; junto ao arroio do Sarandi, sob o comando de Bento Manuel que em dado momento viu-se cercado por soldados inimigos. Manoel não pensou duas vezes e bravamente conseguiu salvar seu nobre comandante, muito agradecido com o feito do jovem soldado, Bento Manoel deu0lhe sua lança de presente. Aos 17 anos, ele já era o veterano Manoel Luis Osorio.
No início de 1827, o valente oficial continuava em campanha na região de Santana do Livramento. Em 20 de fevereiro de 1827, na batalha de Passo do Rosário, seus lanceiros foram o único corpo de tropa brasileira que não foi desbaratado durante a batalha. Em outubro do mesmo ano foi promovido a tenente e participou das conversações de paz e reconhecimento do Uruguai, acompanhado do general Lecór.
Foi chamado para combater dois tiranos: Oribe e Rosas, do Uruguai; que renunciou antes mesmo de lutar. Mas com Rosas, que oprimia o povo da Argentina, foi diferente. Contra eles, argentinos, brasileiros e uruguaios, sob o comando do general Justo José de Urquiza, lutaram ombro a ombro, para enfim derrotá-lo na batalha de Monte Caseros.
O Brasil conheceu muitas revoltas e conflitos internos. O mais terrível dói a Guerra dos Farrapos. Nesse mesmo período de 1835, o tenente Osorio estava servindo na Vila de Bagé, quando se casou com a Sra Francisca Fagundes, tendo como padrinho, Emílio Mallet, que, mais tarde lutaria ao seu lado na Campanha da Tríplice Aliança.
De 1835 a 1845, Osorio teve participação ativa na revolução Farroupilha, sempre fiel à integridade do Império e a segurança do trono infante monarca. Fora de Tenente a Tenente-Coronel no transcurso dessa guerra, auxiliando Caxias na feitura da paz ansiada, que se selou no dia festivo de 25 de fevereiro de 1845. Tendo durabilidade de 10 anos, a guerra trouxe alívio e admiração aos gaúchos que de tão agradecidos elegeram Caxias Senador, e Osorio, Deputado da província; mas ele mal pôde dedicar-se a política.
Em 1851, Osorio é enviado mais uma vez a Montevidéu em virtude de nova instabilidade na região de escoadouro da Prata. Na batalha de Monte Caseros, ocorrida nos subúrbios de Buenos Aires, nosso grande comandante torna-se símbolo da vitória e é promovido a Coronel, no campo de batalha, por merecimento; em 03 de março de 1852.
No início de 1855, após breve instalação na guarnição de Jaguarão, Osorio foi nomeado para comandar a fronteira de São Borja. Naquela época, eram muito complicadas as relações entre brasileiros, uruguaios, argentinos e paraguaios. Os limites dos países mal estavam demarcados. Mais que um soldado, era um brasileiro de valor.
Ele não deixava de olhar para o povo. Tanto que em São Borja, criou a primeira escola primária. Explorou florestas do Alto Uruguai e descobriu uma zona rica em erva-mate nativa. Dessa descoberta viria, mais tarde o título nobiliárquico: Marquês do Herval.
As agressões de Solano Lopez ao Brasil e a Argentina motivaram, em 1865, a assinatura do Tratado da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) contra o Paraguai.
A 1° de março de 1865, o Brigadeiro Osorio assume o comando e organiza o 1° Corpo do Exército Brasileiro, instalando o seu Quartel General em Paissandu.
Em 8 de julho de 1865, é promovido a Marechal-de-Campo e participa da Retomada de Uruguaiana. A 18 de setembro daquele ano, na presença de D. Pedro II, do Conde d’Eu, e de vários oficiais-generais, dentre eles Osorio e Caxias, ocorre a rendição de Uruguaiana.
No início de 1866, Osorio estuda em Tamandaré a maneira de atravessar o Rio Paraná. Na noite do dia 16 de abril, a tropa brasileira (10.000 homens) realiza a passagem no local conhecido por Passo da Pátria. Osório enfrentou ou vivenciou a seguinte sequência de combates e eventos importantes:
• 2 de maio de 1866 – Combate de Estero de Belaco – uma depressão do terreno, pela qual as águas do Rio Paraná se unem às águas do rio Paraguai. Mais uma vez após resistência, o inimigo passa a retardar as tropas aliadas, buscando melhor posição para combater.
• 24 de maio de 1866 – Batalha de Tuiuti. A qual foi o maior combate travado na América do Sul, onde Osorio registrou na ordem do dia n° 56: “A glória é a mais preciosa recompensa dos bravos.” Este combate representou o ápice de sua luminosa trajetória, nele se firmando pelos seus conhecimentos táticos e bravura, demonstrando ser um verdadeiro comandante de batalha.
• 15 de julho de 1866 – Ainda em Tuiuti, os aliados aguardavam a chegada das forças do General de Porto Alegre. Enquanto isso, o inimigo fustigava diariamente. Osorio muito aborrecido e insatisfeito com o longo período da tropa estacionada, passa o comando das tropas brasileiras ao General Polidoro da Fonseca.
• 01 de junho de 1866 – Osorio é promovido a Tenente-General, penúltimo posto da hierarquia militar. A 22 de jullho, o General retoma a vanguarda aliada, que estava sob o comando de Caxias. Em 25 de julho, ocupa a Fortaleza de Humaitá e substitui a bandeira abandonada pela bandeira brasileira, instalando ali a sede do 3° Corpo do Exército e sua nova base de operações.
• 11 de dezembro de 1867 – Na Batalha do Avaí, Osorio foi ferido gravemente na face, fraturando assim o maxilar, ao tomar toda a posição de artilharia inimiga.
• Em 22 de março de 1868 – o Conde d’Eu, foi nomeado Comandante-chefe das forças em operações no Paraguai. A convite, Osorio assum a 6 de junho o comando do 1° Corpo do Exército, estacionado em Piraju, para dar início à Campanha das Cordilheiras.
• Em 12 de agosto deu-se o assalto e a captura da praça forte Peribebuí, defendida por 1.500 homens e 15 bocas de fogo. Osorio, à frente do seu 1° Corpo de Exército, foi o primeiro a entrar na praça forte, dando novas e belas provas de bravura.
No dia 24 de novembro de 1868, devido a piora de sua saúde, Osorio deixa em definitivo a campanha. Quando retornava, na passagem por Montevidéu, recebe a dolorosa notícia do falecimento de sua amada esposa.
Em 5 de agosto de 1871, Deodoro, um dos que esteve ao seu lado nos campos de batalha, entregou-lhe solenemente, em Porto Alegre, custosa espada de honra, cinzelada em ouro e ornada em brilhantes. Em sua lâmina de fino aço, estavam gravadas as batalhas e combates em que heroicamente se empenhou.
A 11 de janeiro de 1877, Osorio foi escolhido pela Princesa Isabel para Senador do Império pela Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
No dia 4 de outubro de 1879, aos 71 anos de idade, devido ao agravamento de sua enfermidade, o Brasil perdia um soldado de trajetória cívico militar exemplar. Extinguia-se uma das mais valiosas existências, símbolo de um povo, síntese de uma época.
Este era Manoel Luis Osorio, o menino de poucas letrsa que se fez poeta, o homem do povo que foi feito Marquês do Herval por seus méritos, o político e princípios, sempre acima da inveja dos medíocres. Como soldado corajoso, como comandante irretocável, Osorio é o Patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro.
Como homem, é exemplo para todos os brasileiros.

“Deve-se antes de tudo, servir à Pátria qualquer que seja seu Governo.”
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escrito por Ruthely
Bibliografia:
  • revista General Osorio 200 anos
  • revista Osorio uma vida pelo Brasil

Osório sobre Tela "Pintura Histórica"

Quando não existiam câmeras fotográficas para registrar na história imagens, esta incumbência cabia à pintura histórica.
A pintura histórica preocupa-se mormente com o conteúdo, mais do que com os valores de arte, emoçôes e efeitos visuais. Estava diretamente envolvida em exaltar os momentos gloriosos da nação e os atos heróicos de grandes homens (como Osório) e demonstrava em vários sentidos o amor à pátria. Buscava retratar, como diz o nome, a história em si e instruir moralmente através de sua arte aqueles que a observam.
Porém a invenção da fotografia tinha libertado o pintor do seu dever social de registar os grandes e pequenos acontecimentos e passaram a se dedicar a Arte, aos sentimentos, o artista ganhou grande liberdade apesar de perder um pouco seu lugar e importância no dia-a-dia.
Ao longo do século XX, ocorreram várias inovações a respeito de criação literária e artística, tudo gerando mudanças revolucionárias na maneira de se ver e interpretar Arte de um modo geral.
A Arte se dividiu em movimentos ideológicos, entre eles o
Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Futurismo e Abstracionismo.
O Expressionismo tinha como objetivo principal, o afastamento das idéias burguesas(como na literatura) para que elementos e idéias revolucionárias viessem à tona. Prostituição, miséria, angústia e medo eram seus principais temas e o palco principal as cidades.
O Fauvismo em sua estrutura formal, demonstrou maior agressividade na exaltação das formas, distorção dos volumes, utilizou a técnica do claro-escuro e realce dos contornos a negro, realçando bem as emoções dos pintores. Em sua maioria, buscavam transmitir alegrias ou tristezas.
O Cubismo elimina a idéia de tridimensionalidade pintando objetos achatados. Ficou muito conhecido com Pablo Picasso. Eu, particularmente, não sinto afinidade por ele e por isso não apresentarei muitas obras neste estilo.
O Futurismo se opunha ao cubismo, dando ênfase à sobreposição de planos, intensidade da luz e cores vivas.
O Astracionismo buscava um mundo interior,uma realidade oculta e profunda. Retratava o estado de espírito e não apenas o retrato de objetos.
Divide-se em: o abstracionismo lírico – cuja dimensão é expressa na cor, é intuitiva, tendo várias interpretações – e o abstracionismo geométrico – no qual a subjetividade é deixada de exige o emprego de formas rigorosamente geométricas e abstractas, utilizando apenas cores puras e cores neutralizantes.

Apesar de tudo isso, nossos pintores históricos continuaram firmes e inamoviveis com sua arte. Com este TI pretendo dar ênfase a estes grandes nomes da pintura brasileira que, apesar de serem tachados de imitadores e reflexos da arte européia tinham um estilo mais moderno ligado principalmente ao romantismoe ao neoclassicismo (eis o motivo de serem tachados de "reflexos" e "imitadores".O romantismo, que misturava
temas dramitico-sentimentais inspirados pela literatura e história e ligava-se ao neoclassicismo que ganhou forma durante o renascimento. Com a forte influência da classicidade grega e o incentivo as artes elas se desenvolveram ligadas ao paganismo, antropocentrismo, humanismo e a razão.
Podemos observar claramente o uso do dourado para retratar o céu nas obras dos dois mais conhecidos pintores, Pedro Américo e Victor Meireles, característica típica do neoclassicismo, buscando dar a pintura um ar divino e belo. Vemos o homem e seus feitos, suas conquistas, como objeto central da obra.
A seguir estão alguns pintores e suas obras que retratam as batalhas que o patrono da cavalaria participou sendo este visível em várias delas. Osório foi grande e as pinturas, grandiosas, expressam seus feitos e sua proeza em batalha e carismática liderança.

Pedro Américo
Pintor brasileiro, Pedro Américo tem no desenho, e na preocupação com a execução das figuras, um dos traços característicos de sua pintura. A Guerra do Paraguai serve de modelo para as narrativas épicas de suas telas. Nota-se em suas telas uma atenção aos detalhes, minuciosamente descritos: os trajes militares, os cavalos, a fisionomia dos personagens. O uso de fotografias como apoio para realização de suas telas históricas revela a preocupação de Pedro Américo em diminuir a distância entre uma arte celebrativa e a documentação histórica.É um grande nome brasileiro nas artes e sua obra-prima foi a batalha do avaí.




Victor Meireles
Victor Meirelles também se deteve no registro da história nacional, na representação do império e na guerra do Paraguai. Do ponto de vista da composição, observam-se afinidades de sua pintura com o espírito romântico.A expressividade da cor e a atenção às paisagens estão entre as marcas do pintor. O tom grandioso e o ímpeto da ação aparecem como elementos fortes de suas narrativas visuais, que, longe de assinalarem a crueldade da guerra, visam enobrecê-la.

Cándido López
Pintor Argentino, Usou telas muito horizontais e explorou o horizonte em suas obras, dando profundidade a elas. Frequentemente mostrava uma perspectiva de quem vislumbra de cima a batalha, para melhor demonstrar as táticas e formações empregadas durante o combate.

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escrito por Mosiah

O pincel que o artista maneja deve ser mergulhado na inteligência

Aqui estão postadas obras de vários pintores brasileiros que merecem reconhecimento por suas obras em homenagem a nossos heróis bélicos. Podem não ser grandemente reconhecidos como Pedro Américo porém também trazem história e cultura, inteligência pura, com sua arte e por isto usei a célebre frase de Wickelmann como título desta postagem. Ainda maior é a importância do reconhecimento dos atos de Osório por parte do pintor e a importância de retratar e gravar para sempre sobre tela a imagem honrosa de nosso herói pois suas histórias, relatos e pinturas são tudo que nos lembram deste homem, que fez tanto por nós.
A maioria das pinturas abaixo sâo aquarela e não óleo sobre tela, como as anteriores, e não apresentam traços fortemente ligados a algum movimento artistico pois são retratos, em sua maioria, de Osório e, ao fim, retratos de guerras participadas por Osório.


Marechal Osório de Autran
Batalha do Avaí de Cel Pedro Paulo Cantalíce Estigarríbia.
Osório no campo de batalha de Cel Pedro Paulo Cantalíce Estigarríbia.
Além do Horizonte de Cel Pedro Paulo Cantalíce Estigarríbia.
Ataque ao Reduto Ciervas de Cel Pedro Paulo Cantalíce Estigarríbia.
"Soldado paraguayo ante el cadáver de su hijo". Óleo sobre tela. Obra de José Ignacio Garmendia
Marechal Osório de L. Lanzetta

Passagem de Curupaiti, aparecendo no centro o Tamandaré, com o Silvado manobrando para o reboque. Aquarela: Almirante Trajano Augusto de Carvalho.Passagem de Humaitá: episódio da guerra do Paraguai ocorrido em 1868, em que a esquadra brasileira forçou a travessia da posição fortificada, sob bombardeio inimigo. O quadro mostra o momento em que o Couraçado Bahia transpunha as amarras, seguido pelo terceiro par, o Tamandaré e Pará. Aquarela de Almirante Trajano Augusto de Carvalho.
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escrito por Mosiah